Dona Inês de Castro

Durante a invasão napoleônica de Portugal, em 1810, no contexto da Terceira Invasão Francesa liderada pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o país sofreu não apenas perdas territoriais e humanas, mas também um ataque devastador ao seu patrimônio cultural e histórico. Nesse período, diversos monumentos e locais sagrados foram alvos de saques e profanações, incluindo os túmulos reais do Mosteiro de Alcobaça, onde repousavam figuras históricas de grande relevância, como D. Pedro I e D. Inês de Castro, a rainha póstuma. Os soldados franceses, movidos por uma combinação de desrespeito, busca por espólios e, possivelmente, uma tentativa de humilhar a monarquia portuguesa, violaram os sarcófagos do Mosteiro de Alcobaça. Ao abrirem o túmulo de D. Inês de Castro, constataram que seu crânio havia sido seccionado na altura das vértebras do pescoço, um sinal de violência que remete à sua trágica execução em 1355, ordenada por D. Afonso IV. Inspirados, talvez, pelas ações dos revolucionários ...