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Precisando de amor!

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O Amor Segundo Carlos Drummond de Andrade: Um Chamado à Humanidade “Pois de amor andamos todos precisados! Em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente! Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.” - Carlos Drummond de Andrade Essa passagem, extraída do poema “O amor, esse remédio”, escrito por Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores poetas brasileiros do século XX, é um manifesto vibrante sobre a necessidade universal do amor como força transformadora. Publicada em um contexto de profundas transformações sociais e políticas, a obra de Drummond reflete sua visão humanista, que busca, por meio da poesia, resgatar a essência do ser humano em meio às adversidades. O trecho destaca o amor não apenas como um sentimento romântico, mas como um antídoto para os males do mu...

Agam Rinjani um Herói Anônimo

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  Quando a notícia de que a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, havia sofrido um trágico acidente ao cair de um penhasco no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia, espalhou-se pelo Brasil e pelo mundo, milhões de pessoas acompanharam com angústia as tentativas de resgate. Em meio a condições adversas, terreno traiçoeiro e uma operação complexa, um nome emergiu como símbolo de coragem e humanidade: Agam Rinjani, um montanhista voluntário que arriscou a própria vida para tentar salvar uma desconhecida. Sua dedicação e bravura transformaram-no em um herói, apelidado de “anjo” por internautas e pela imprensa. Agam Rinjani, um experiente guia de montanha local, é amplamente reconhecido como um dos maiores conhecedores do Monte Rinjani, localizado na ilha de Lombok, na província de Nusa Tenggara Ocidental. Com anos de experiência escalando as trilhas íngremes e perigosas do vulcão ativo de 3.726 metros, Agam tornou-se uma figura respeitada entre os montanhistas e gui...

Horizonte das Eras

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  Quando se vive por longo tempo imerso em uma civilização específica e se dedica com frequência a investigar suas origens, buscando compreender os caminhos que a moldaram, é natural que, em algum momento, surja a tentação de desviar o olhar para o futuro. Passamos, então, a nos perguntar qual destino a aguarda e quais transformações ela está destinada a enfrentar. Contudo, logo percebemos que uma indagação desse tipo tem seu valor limitado por diversos fatores. O principal deles é a dificuldade de abarcar a totalidade da atividade humana em sua vasta complexidade. Poucas pessoas possuem a capacidade de compreender a civilização em toda a sua amplitude, considerando suas múltiplas dimensões - históricas, culturais, tecnológicas, políticas e sociais. A maioria dos indivíduos, por necessidade ou circunstância, restringe seu foco a apenas um ou alguns desses campos. Essa especialização, embora indispensável em um mundo cada vez mais complexo, reduz a visão de conjunto. Quanto ...

Jefferson e Mary Souder na Vida e na Morte

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Imagine um amor tão profundo que transcende as barreiras do tempo, da dor e até mesmo da morte, unindo duas almas que compartilharam uma vida inteira de cumplicidade. Jefferson e Mary Souder, casados por 60 anos no Condado de Tarrant, Texas, construíram um legado de devoção inabalável. Juntos, criaram não apenas uma família numerosa, mas também um impacto duradouro em sua comunidade, com corações generosos que inspiraram todos ao seu redor. Era o verão de 1921, uma época em que a vida rural no Texas era marcada por trabalho árduo, laços familiares e uma simplicidade que escondia grandes histórias. Em julho daquele ano, uma tragédia súbita abalou a família Souder. Mary, a matriarca amada, foi acometida por uma doença então conhecida como "fluxo" - um termo cruel para a disenteria, uma infecção devastadora que não poupava suas vítimas. Apesar dos esforços para salvá-la, Mary faleceu pacificamente em uma tarde de quarta-feira, deixando um vazio imenso no coração de Jefferson e d...

Prevenção Japonesa Contra Tsunamis

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  No Japão, após o devastador tsunami que atingiu a região de Tohoku em 11 de março de 2011, conhecido como o "Grande Tsunami do Leste do Japão", o governo japonês implementou medidas robustas para proteger suas costas contra futuros desastres. Uma das iniciativas mais notáveis foi a construção de um extenso sistema de muros de contenção ao longo de aproximadamente 395 km da costa nordeste do país. Esses muros, com até 12,5 metros de altura em algumas áreas, foram projetados para resistir ao impacto de tsunamis de grande escala, capazes de gerar ondas com milhões de toneladas de água. O projeto, concluído em fases ao longo de anos, não se limitou à construção dos muros. Para reforçar a proteção, cerca de 9 milhões de árvores foram plantadas ao longo da costa, formando uma barreira natural secundária. Essas florestas costeiras, conhecidas como "barragens verdes", têm a função de dissipar a energia das ondas, reduzir a erosão do solo e oferecer um obstáculo ad...

Não é de uma vez que se morre...

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O tempo é indivisível. Quem pode fragmentá-lo em dias, meses ou anos? Para que serve o calendário, senão para impor uma ordem ilusória ao fluxo contínuo da existência? As folhas tombam, uma a uma, mas a árvore permanece, firme contra o vento incerto e vário. Assim é o tempo: um sopro eterno que não se deixa prender pelas grades dos relógios. A vida, também, é indivisível. Mesmo aquela que parece mais errante, mais dispersa, está entrelaçada num diálogo universal. A conversa mais banal, o riso fugaz, o silêncio que pesa - tudo pertence a um mesmo tecido, a uma sinfonia que não cessa. Não há instante que se perca, pois cada um carrega o eco de todos os outros. Todos os poemas são fragmentos de um único poema, escrito na linguagem secreta do cosmos. Todos os porres, com suas confissões desajeitadas, são o mesmo porre, onde a alma se despe e dança na penumbra. Não se morre de uma só vez, mas em pequenos sorvos, em despedidas sutis, em instantes que nos escapam sem que percebamos. ...

Por que os ateus sentem tanta raiva?

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Por que os ateus sentem tanta raiva? Eu sinto raiva porque, em pleno século XXI, pessoas continuam morrendo de AIDS na África e na América do Sul devido à influência da Igreja Católica, que, em nome de dogmas, convenceu comunidades inteiras de que usar camisinha é um pecado que "faz o bebê Jesus chorar". Essa postura não apenas ignora evidências científicas sobre prevenção, mas também contribui diretamente para a propagação de uma doença que já devastou milhões de vidas. Em regiões como a África Subsaariana, onde a prevalência de HIV/AIDS é altíssima, a resistência à educação sexual e ao uso de preservativos, promovida por líderes religiosos, é uma sentença de morte para muitos. Eu sinto raiva porque missionários, em nome de uma suposta "vontade divina", orientam mulheres a se submeterem aos seus maridos, mesmo quando esses homens as agridem física e emocionalmente, deixando-as à beira da morte. Essa submissão forçada, justificada por interpretações distorcidas de...

Dona Inês de Castro

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Durante a invasão napoleônica de Portugal, em 1810, no contexto da Terceira Invasão Francesa liderada pelas tropas de Napoleão Bonaparte, o país sofreu não apenas perdas territoriais e humanas, mas também um ataque devastador ao seu patrimônio cultural e histórico. Nesse período, diversos monumentos e locais sagrados foram alvos de saques e profanações, incluindo os túmulos reais do Mosteiro de Alcobaça, onde repousavam figuras históricas de grande relevância, como D. Pedro I e D. Inês de Castro, a rainha póstuma. Os soldados franceses, movidos por uma combinação de desrespeito, busca por espólios e, possivelmente, uma tentativa de humilhar a monarquia portuguesa, violaram os sarcófagos do Mosteiro de Alcobaça. Ao abrirem o túmulo de D. Inês de Castro, constataram que seu crânio havia sido seccionado na altura das vértebras do pescoço, um sinal de violência que remete à sua trágica execução em 1355, ordenada por D. Afonso IV. Inspirados, talvez, pelas ações dos revolucionários ...