“Guardiões da Democracia”


 

Luiz Inácio Lula da Silva e Alexandre de Moraes frequentemente se apresentam como defensores da democracia, mas suas ações revelam uma postura que contradiz esse discurso.

Ambos são figuras centrais de um sistema político que mergulhou o Brasil em uma crise institucional sem precedentes, marcada por polarização, desconfiança nas instituições e crescente desrespeito às liberdades individuais.

Um exemplo recente ilustra o desprezo de Moraes pelo decoro e pela ética que se espera de uma autoridade pública. Durante uma partida de futebol do Corinthians, seu time de coração, no estádio Neo Química Arena, em São Paulo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo de vaias por parte da torcida.

Em resposta, Moraes reagiu com um gesto obsceno, apontando o dedo médio para os torcedores. Essa atitude, capturada em vídeos que viralizaram nas redes sociais, demonstra não apenas uma falta de compostura, mas também uma arrogância incompatível com o cargo que ocupa.

Como ministro do STF, espera-se que Moraes seja um exemplo de imparcialidade e respeito, mas sua reação revelou um lado impulsivo e desrespeitoso, que alimenta ainda mais a insatisfação popular com as elites políticas e judiciárias.

O Brasil, um país de imensa riqueza natural e cultural, continua a sofrer com a miséria de grande parte de sua população. Essa desigualdade gritante é, em grande medida, resultado de décadas de má gestão, corrupção sistêmica e lideranças que priorizam interesses pessoais ou de grupos em detrimento do bem comum.

Lula, por sua vez, retorna ao poder em 2023 prometendo reconstruir o país, mas seu governo tem sido marcado por escândalos, como denúncias de desvios em programas sociais e a manutenção de alianças políticas com figuras questionáveis.

Enquanto isso, Moraes, com decisões controversas no STF, como a condução de inquéritos sigilosos e a suspensão de contas em redes sociais, é acusado por críticos de extrapolar suas funções e ameaçar a liberdade de expressão, um pilar essencial da democracia que ele diz proteger.

Não é justo afirmar que o povo brasileiro merece governantes e autoridades dessa qualidade, pois muitos cidadãos lutam diariamente por um país melhor e não compactuam com a corrupção e a desmoralização das instituições.

No entanto, a escolha de líderes reflete, em parte, a manipulação do sistema político, a desinformação e o clientelismo que ainda dominam o processo eleitoral.

Há, sim, milhões de brasileiros que não merecem essa trupe de dirigentes corruptos, desmoralizados e sem ética, mas que sofrem as consequências de um sistema viciado.

A crise institucional que vivemos hoje não é apenas política, mas também moral. Quando autoridades como Moraes respondem a críticas com gestos vulgares, e quando governantes como Lula falham em entregar as mudanças prometidas, a confiança nas instituições se erode ainda mais.

Para superar esse cenário, é necessário que a sociedade exija responsabilidade, transparência e um compromisso genuíno com os valores democráticos - não apenas em discursos, mas em ações concretas.

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