A tartaruga Jonathan – O Animal Terrestre Vivo Mais Velho do Mundo


 

A tartaruga Jonathan, uma tartaruga gigante das Seychelles (Aldabrachelys gigantea hololissa), nasceu por volta de 1832, o que a torna, em 2025, o animal terrestre vivo mais velho do mundo, com uma idade estimada de 193 anos, conforme reconhecido pelo Guinness World Records.

Residente na ilha de Santa Helena, um território britânico ultramarino no Atlântico Sul, Jonathan vive na Casa do Governador, a residência oficial do governador da ilha, onde é cuidado com atenção e carinho há mais de um século.

Jonathan chegou a Santa Helena em 1882, quando já era adulto, o que sugere que ele tinha cerca de 50 anos na época. Acredita-se que ele foi trazido das Ilhas Seychelles como um presente ou curiosidade exótica, uma prática comum no século XIX.

Desde então, ele se tornou uma figura icônica na ilha, testemunhando eventos históricos significativos, como a Segunda Guerra dos Bandidos (1899-1902), as duas Guerras Mundiais e a ascensão e queda de impérios.

Ele também "conheceu" diversas personalidades importantes que visitaram Santa Helena, incluindo membros da realeza britânica e governadores. Apesar de sua idade avançada, Jonathan continua a ser uma tartaruga ativa, conhecida por seu apetite voraz por frutas, vegetais e ervas, embora sua visão e olfato tenham diminuído com o tempo.

Ele compartilha seu espaço com outras tartarugas, incluindo David, Emma e Fred, mas é, sem dúvida, a estrela do grupo. Sua longevidade é atribuída à combinação de uma dieta balanceada, um ambiente tranquilo e cuidados veterinários regulares fornecidos pela equipe da ilha.

Jonathan também é um símbolo de resiliência e continuidade. Em 2022, quando completou 190 anos, sua história ganhou ainda mais destaque na mídia global, com celebrações locais em Santa Helena que incluíram eventos comunitários e até uma edição especial de selos postais em sua homenagem.

Além disso, ele é um lembrete da importância da conservação das tartarugas gigantes, uma espécie que enfrenta ameaças em seu habitat natural devido à perda de habitat e mudanças climáticas.

Curiosamente, Jonathan sobreviveu a vários momentos históricos da ilha, incluindo o exílio de Napoleão Bonaparte (que morreu em 1821, antes da chegada de Jonathan) e a modernização gradual de Santa Helena, que passou de um ponto estratégico no Atlântico para um destino turístico remoto.

Sua presença é uma ponte viva entre o passado e o presente, encantando visitantes e moradores locais que o consideram um "tesouro nacional". Embora Jonathan seja um exemplo notável de longevidade, ele não está imune aos desafios da idade.

Seus cuidadores relatam que ele permanece saudável, mas requer assistência adicional, como alimentação manual em dias mais frios. Sua história inspira reflexões sobre a preservação da biodiversidade e o impacto do tempo, tanto em indivíduos quanto em ecossistemas.

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