Ciclos


 

Alguns ciclos da vida são como as estações do ano: exigem paciência, amadurecimento e tempo para cumprir seu propósito. Eles nos ensinam que o crescimento, o aprendizado e as transformações ocorrem em fases.

Um relacionamento que se fortalece ao longo dos anos, uma carreira que requer dedicação contínua ou o processo de cura após uma perda são exemplos de jornadas que se desenrolam lentamente, no ritmo necessário para que possamos absorver suas lições e colher os frutos.

Entretanto, há ciclos que, ao invés de precisarem de tempo, exigem um fim. Manter algo que já não traz alegria, evolução ou propósito é como segurar areia nas mãos - quanto mais tentamos agarrá-la, mais ela escapa.

Alguns relacionamentos, projetos ou padrões de comportamento se tornam pesos quando deveriam ser fontes de leveza e crescimento. Nestes momentos, a sabedoria está em reconhecer o que não pode mais florescer e permitir que o encerramento aconteça.

Afinal, a vida é feita de renovações, e abrir mão do que já cumpriu seu papel é o primeiro passo para novas possibilidades. Saber diferenciar o que precisa de tempo do que precisa de um fim é um exercício de autoconhecimento e coragem.

É preciso ouvir o coração, perceber os sinais e, acima de tudo, confiar que o fim de um ciclo não é o fim de tudo, mas o começo de algo novo. Assim como uma árvore deixa cair suas folhas para renascer na primavera, nós também nos fortalecemos quando temos a coragem de deixar ir o que já não serve, abrindo espaço para novos capítulos, novas pessoas e novos sonhos.

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