Fiel até a morte
Imagine estar no seu posto, sabendo que a desgraça é
iminente, mas recusando-se a abandonar o dever. Esse foi o destino de um
soldado romano durante a catastrófica ostentação do Monte Vesúvio em 79 d.C.
No início do século XIX, arqueólogos descobriram os
restos mortais desses soldados às portas de Pompeia. Ele ainda vestia sua
armadura completa e segurava sua arma, tornando-se um poderoso símbolo de lealdade
e firmeza em meio ao caos. Sir Edward Poynter imortalizou esse momento em sua
obra-prima Fiel até à morte (1865).
A obra retrata o soldado, lança em punho, desafiando o
avançado. Seu olhar é inesquecível: medo e determinação misturam-se, transmitindo
uma coragem profundamente humana.
O brilhantismo de Poynter está na recusa de idealizar
um herói destemido. Em vez disso, ele pinta um homem comum, tomado pelo mesmo
terror que qualquer um sentiria, mas cuja nobreza brilha na decisão de
permanecer firme, honrando seu dever.
Exemplos de bravura e sacrifícios como esse abundantes
na história militar romana, refletindo a força de seu compromisso com o dever e
a honra. Durante a batalha das Termópilas, em 191 a.C., soldados romanos
enfrentaram as forças esmagadoras dos selêucidas, lideradas por Antíoco III.
Em menor número, mantiveram suas posições, ganhando um
tempo precioso para os reforços. O sacrifício deles foi decisivo, marcando um
ponto crucial na campanha.
Esses exemplos, sejam reais ou recriados pela arte, continuam a inspirar, mostrando como o espírito humano pode resistir mesmo diante das situações mais adversas.
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