Manuel Blanco Romasanta - O Homem-Lobo de Allariz
Manuel Blanco Romasanta, conhecido como “O
Sacamanteigas”, “O Homem do Unto” ou “O Homem-Lobo de Allariz”, é uma figura
misteriosa e controversa da história da Galiza, na Espanha, do século XIX.
Ele viveu durante o reinado de Isabel II e se tornou
famoso por seu envolvimento em crimes horrendos, nos quais alegou ser vítima de
licantropia clínica, uma condição mental rara em que o indivíduo acredita se
transformar em lobo.
Romasanta nasceu em 1809 e passou parte de sua vida
trabalhando como vendedor ambulante e guia de viajantes. No entanto, suas
atividades ocultavam um lado sombrio.
Ele foi acusado de ter assassinado pelo menos treze
pessoas, muitas das quais eram mulheres e crianças, com quem se oferecia para
viajar em segurança até cidades próximas.
Ao longo do tempo, ele extraiu a gordura das vítimas
para a venda, um ato que lhe rendeu o apelido de “Sacamanteigas”.
Após ser capturado e julgado, Romasanta confessou os
assassinatos, alegando que não tinha controle sobre seus impulsos violentos
devido à maldição da licantropia, a crença de que se transformava em lobo durante
esses momentos.
Seu caso foi um dos primeiros a ser documentado como
um exemplo de "licantropia clínica" no campo da psiquiatria, embora
muitos questionem se ele sofria de um transtorno mental ou se era uma
estratégia para tentar escapar da pena capital.
O caso ganhou atenção da monarquia e dos estudiosos da
época, que se interessaram pelo enigma psicológico que Romasanta representava.
Sua declaração inicial à morte foi cometida por uma pena de prisão perpétua,
realizada por intervenção direta da rainha Isabel II, intrigada pela alegada
condição de licantropia.
Manuel Blanco Romasanta permanece uma figura
fascinante e enigmática, evocando debates sobre o comportamento humano e os
limites da sanidade. A sua história se consolidou na cultura popular galega
como um conto de horror, licantropia e mistério, sendo lembrada como o
“Homem-Lobo de Allariz.
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