A Ilha do Diabo – Na Guiana Francesa


 

A Ilha do Diabo (em francês, Île du Diable) é uma das três ilhas que compõem o arquipélago das Ilhas da Salvação, localizado na Guiana Francesa.

Até 1946, a ilha foi utilizada como uma colônia penal francesa, sendo um destino reservado para prisioneiros considerados os mais perigosos. O governo francês a empregava como um local de punição severa, caracterizado pelo isolamento extremo.

Cercada por águas infestadas de tubarões e protegida por penhascos íngremes, a ilha era praticamente inescapável. O livro Papillon, de Henri Charrière, lançado em 1969 e adaptado para o cinema em 1973, retrata a vida dos condenados na ilha, expondo as condições brutais e desumanas a que eram submetidos.

A obra narra a história da famosa fuga de Charrière, apelidado de Papillon, em 1935. Após duas tentativas fracassadas, ele conseguiu escapar na terceira tentativa, utilizando sacos de cocos flutuantes como embarcação improvisada para cruzar o mar.

A fuga de Papillon desafiou a reputação da Ilha do Diabo como um local de onde ninguém escapava, marcando simbolicamente o início do declínio do complexo penitenciário.

Além de ser um presídio, a Guiana Francesa também serviu como exílio para inimigos políticos durante os turbulentos anos que se seguiram à Revolução Francesa.

Entre os exilados notáveis estavam Billaud-Varrennes e Collot d’Herbois, figuras de destaque na história revolucionária. Hoje, a Ilha do Diabo ganhou uma nova perspectiva: tornou-se um destino para o ecoturismo, aproveitando suas belezas naturais exuberantes e sua rica história.

A transição para um local turístico simboliza uma tentativa de transformar o passado sombrio da ilha em uma oportunidade de valorização cultural e ambiental.

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