O voo 571 da Força Aérea Uruguaia
O voo 571 da Força Aérea Uruguaia foi um acidente
aéreo trágico que ocorreu em 13 de outubro de 1972, nas montanhas dos Andes,
envolvendo um avião Fairchild FH-227D que transportava 45 passageiros,
incluindo membros da equipe de rugby uruguaia "Old Christians",
amigos e familiares.
O destino final do voo era Santiago, no Chile, mas,
devido a uma navegação equivocada e condições meteorológicas adversas, a
aeronave colidiu com uma montanha nos Andes.
O acidente e seus desdobramentos ficaram mundialmente
conhecidos pela luta desesperada dos sobreviventes para resistir ao frio
extremo, à falta de alimentos e às difíceis condições nas montanhas.
Dos 45 passageiros, 29 sobreviveram à queda inicial,
mas outros faleceram devido aos ferimentos, ao frio ou a avalanches nos dias seguintes.
No total, 16 pessoas conseguiram sobreviver até serem resgatadas.
Sem comida suficiente e isolados em uma das regiões
mais inóspitas da Terra, os sobreviventes recorreram a medidas extremas para
manter-se vivos, incluindo a decisão de praticar canibalismo, alimentando-se
dos corpos daqueles que haviam falecido.
Este aspecto do incidente foi amplamente discutido e
amplificou a repercussão internacional do acidente. O resgate só foi possível
dois meses depois, quando dois dos sobreviventes, Nando Parrado e Roberto
Canessa, caminharam por cerca de 10 dias até encontrarem ajuda em uma fazenda
chilena.
Seu relato foi reportado às autoridades, e equipes de
resgate puderam localizar os demais sobreviventes em 20 de dezembro de 1972, 72
dias após o acidente.
A tragédia do voo 571 da Força Aérea Uruguaia inspirou
diversas obras literárias e cinematográficas, sendo a mais famosa o livro Alive
(1974), de Piers Paul Read, que também foi adaptado para o filme Alive
(1993).
A história continua sendo um testemunho impressionante
da sobrevivência humana em circunstâncias extremas e do poder da resiliência e
do espírito de cooperação.
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