UltraMan
Ultraman: 59 anos de um gigante que nunca sai de cena!
Em 17
de julho de 1966, às 19h em ponto, a televisão japonesa vivia um momento
histórico: estreava na TBS a série "Ultraman", produzida pela
lendária Tsuburaya Productions.
Com 39
episódios exibidos até 9 de abril de 1967, a série colorida (uma novidade cara
na época!) apresentou ao mundo o gigante prateado e vermelho que lutava contra
kaiju gigantescos e invasores alienígenas.
O
sucesso foi imediato e avassalador. Crianças japonesas lotavam lojas de
brinquedos atrás dos bonecos de vinil sofubi do Ultraman e do monstro Bemular.
A audiência média girava em torno de 36,8% – números que fariam qualquer
emissora brasileira de hoje chorar de emoção.
Em
menos de um ano, Ultraman já era fenômeno cultural e gerava a maior franquia
tokusatsu da história, que hoje conta com mais de 40 séries, 30 filmes e
continua ativa em 2025 com "Ultraman Arc" e o filme "Ultraman:
Rising" na Netflix.
Chegada triunfal no Brasil
Aqui, o
gigante desembarcou só em 1970, pela Rede Tupi, dentro do mítico "Clube do
Capitão Aza". Apresentado pelo saudoso Flávio Aguena (o Capitão Aza), o
programa ia ao ar nas tardes de sábado e domingo e virou febre nacional.
As
crianças paravam as ruas para ver Ultraman voar com o Specium Ray e gritar
"Shuwatch!". Devido ao sucesso absurdo, a Tupi não parou na série
original. Logo trouxe:
"O
Regresso de Ultraman" (1971-1972 no Japão, exibido aqui em 1973) -
conhecido pelos fãs como Ultraman Jack;
"Ultraseven"
(1967-1968 no Japão, exibido aqui em 1972-73) - para muitos (incluindo eu!) a
obra-prima da franquia, com histórias mais maduras, crítica social e o design
icônico do herói sem Color Timer no peito.
Na
época, as fitas chegavam do Japão já dubladas em português por estúdios como a
AIC de São Paulo, com vozes marcantes que até hoje são lembradas (quem não
lembra do "Ultraseven... avançando!"?). Curiosidades que poucos sabem
A série
original quase se chamou "Bemular" ou "Redman" - Ultraman
só ganhou esse nome semanas antes da estreia.
O ator
Susumu Kurobe (Hayata) e o dublê Haruo Nakajima (o primeiro Godzilla!) se
revezavam dentro da pesada fantasia de látex.
No
Brasil, o Capitão Aza promovia concursos de desenho e chegava a receber
milhares de cartas por semana de crianças pedindo mais episódios.
Em
1974, a Tupi exibiu até "Ultraman Leo" e "Ultraman Taro",
mas com menos repercussão por causa da censura da ditadura militar, que via
"violência excessiva" nos monstros explodindo.
59 anos
depois...Em 2025, completam-se 59 anos da estreia original e 55 anos da chegada
ao Brasil. A franquia segue viva: tem série nova todo ano, filmes no cinema,
mangás, games e até um museu em Sukagawa, cidade natal de Eiji Tsuburaya.
E eu,
que assistia escondido na casa da avó em 1978, ainda fico arrepiado quando ouve
aquele tema de abertura épico. Ultraman não é só um herói... é parte da
infância de gerações inteiras.
E enquanto houver crianças sonhando em voar e proteger o planeta, o grito de "SHUWATCH!" nunca vai silenciar. Quem aí também cresceu gritando "Ultraman... vai!" na frente da TV preto e branco?

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