Biblioteca Pessoal de Maria Antonieta
A biblioteca pessoal de Maria Antonieta, localizada no
Palácio de Versalhes, é uma das expressões mais refinadas do gosto literário e
estético da rainha da França, que viveu durante o século XVIII.
Este espaço exclusivo reflete a sua personalidade
culta e sofisticada, além de servir como um refúgio particular dentro do
majestoso palácio, longe das exigências do dia a dia palaciano.
Todos os livros que compuseram essa coleção eram
meticulosamente encadernados em couro marroquino, um material de altíssima
qualidade e luxo, conhecido por sua maciez, durabilidade e brilho natural.
Essa escolha não apenas demonstrou o preço de Maria
Antonieta pela elegância e pelos detalhes requintados, mas também destacou a
importância que ela atribuía à preservação de suas obras
Cada volume de sua biblioteca era adornado com o
monograma real - uma marca personalizada que simbolizava sua propriedade e
status. O monograma consistia, tipicamente, nas letras entrelaçadas
"M" e "A", representando como inicial de seu nome, Maria
Antonieta, frequentemente cercadas por elementos decorativos, como coroas e
flores de lis.
A coleção de Maria Antonieta incluiu uma vasta gama de
obras, abrangendo temas como filosofia, literatura clássica, teatro e moda.
Apesar de sua satisfação por extravagância e gosto pela moda, Maria Antonieta
também era uma leitora ávida, interessada em ideias contemporâneas que moldavam
a sociedade de seu tempo.
O espaço onde essa coleção estava disposta dentro do
Palácio de Versalhes também refletia o caráter íntimo e pessoal da rainha.
Diferente dos salões públicos, sua biblioteca proporcionava um ambiente mais
reservado e acolhedor, onde ela poderia se dedicar à leitura em momentos de
tranquilidade, longe do tumulto da vida na corte.
Hoje, a biblioteca pessoal de Maria Antonieta é
admirada como uma joia histórica e artística, oferecendo aos visitantes de
Versalhes um vislumbre de sua vida privada e de sua relação íntima com a
cultura literária da época.
Os livros de couro marroquino com seu monograma
permaneceram como testemunhos silenciosos de uma era em que o amor pelos livros
se entrelaçava com o prestígio real e o poder.
Comentários
Postar um comentário