Bergen-Belsen - Campo de Concentração Alemão


Bergen-Belsen, frequentemente referido apenas como Belsen, foi um campo de concentração na Alemanha nazista sob o regime de Adolf Hitler. Localizava-se no atual estado alemão da Baixa Saxônia, no distrito urbano de Celle.

O campo entrou em operação em 1940 como um centro para prisioneiros de guerra após a invasão da Bélgica, Países Baixos e Polônia, sob o nome Stammlager XI C/311.

Em 1941, a população do campo aumentou drasticamente com a chegada de prisioneiros soviéticos capturados após a invasão da União Soviética em junho. Muitos desses prisioneiros morreram durante o rigoroso inverno de 1941-1942, frequentemente submetidos a tortura pelos guardas nazistas.

Em abril de 1943, o campo passou a ser oficialmente um campo de concentração sob o comando das SS. A partir de 1943, o complexo foi ampliado, ganhando infraestrutura adicional, e um campo de internamento para judeus foi estabelecido.

Os prisioneiros de guerra foram transferidos para áreas próximas. Inicialmente, os judeus ali detidos eram usados como moeda de troca por prisioneiros alemães capturados pelos Aliados.

Diferentemente dos campos de extermínio no Leste Europeu, Bergen-Belsen não possuía câmaras de gás. Contudo, milhares de judeus, homossexuais, ciganos e outros prisioneiros morreram de fome, doenças ou foram torturados, especialmente nos meses finais da guerra, quando os recursos alemães se esgotaram.

Em 1945, o campo recebeu mais prisioneiros transferidos de outras localidades devido ao avanço soviético. As péssimas condições de superlotação, má nutrição e falta de saneamento resultaram em uma taxa de mortalidade alarmante.

Em fevereiro de 1942, cerca de 1.800 prisioneiros soviéticos morreram de tifo, disenteria e hipotermia. Naquele ano, Bergen-Belsen apresentava a maior taxa de mortalidade de todos os campos de concentração do Terceiro Reich.

Para lidar com o número crescente de mortos, foram abertas grandes valas comuns. Quando as tropas britânicas libertaram o campo em 15 de abril de 1945, encontraram milhares de corpos não enterrados e prisioneiros em condições extremas de desnutrição e doença.

Por questões sanitárias, grande parte do campo foi demolida após a libertação, e os blocos de prisioneiros foram incendiados em 21 de maio de 1945. Apenas os alojamentos das SS foram preservados, sendo utilizados para abrigar refugiados até 1953.

Entre 1941 e 1945, pelo menos 20.000 prisioneiros soviéticos e 50.000 outros prisioneiros, incluindo judeus, comunistas e homossexuais, morreram em Bergen-Belsen. Entre as vítimas estão Anne Frank e sua irmã Margot Frank, que faleceram em fevereiro de 1945.

Hoje, o local abriga um centro de visitantes, um obelisco memorial e a Casa do Silêncio, um espaço dedicado à reflexão e homenagem às vítimas.

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