A Perola Negra - Evaldo Braga
Existem pessoas que nascem com seu destino traçado.
Evaldo Braga foi uma dessas pessoas.
Nasceu e foi abandonado no lixo. Filho de uma
prostituta da cidade de Campos, no Rio de Janeiro, não conheceu seus pais. Foi
criado em um orfanato, juntamente com outras crianças com o mesmo destino.
A vida nas ruas
Já fora do orfanato, trabalhou muito tempo como
engraxate nas ruas do Rio de Janeiro, fixando-se nas portas das rádios e
gravadoras. Nessa ocupação, conheceu diversos artistas, especialmente cantores
como Nilton César, que lhe deu a primeira oportunidade de trabalho no meio
artístico, como seu divulgador.
Nesse meio tempo, conheceu outros artistas como Edson
Wander. Apareceu pela primeira vez no meio musical, compondo a música “Areia no
meu Caminho”, juntamente com Reginaldo José Ulisses.
Essa música foi gravada pelo cantor Edson Wander em
seu primeiro disco, “Canto ao Canto”, em 1968 e explodiu nas paradas
brasileiras, desbancando artistas como Roberto Carlos.
Motivado por isso, conheceu o produtor Osmar Navarro,
que o convidou para gravar um disco na gravadora Polydor. Depois, teve músicas
gravadas por Paulo Sérgio, um dos artistas que mais o ajudou no meio artístico.
Evaldo Braga nasceu em Campos dos Goytacazes, no ano
de 1948. Na música, celebrizou-se em 1969, no estilo “dor-de-cotovelo”, tendo
firmado parceria com compositores como Carmem Lúcia, Pantera, Isaías Souza e
outros.
Apresentava-se frequentemente no programa “A Discoteca
do Chacrinha”. Seus maiores sucessos foram “Eu Não Sou Lixo”, “Nunca Mais”, “A
Cruz que Carrego”, “Mentira”, “Sorria, Sorria”, entre outros.
Morte
Boêmio e alcoólatra, morreu em um acidente
automobilístico na BR-3 (Rio de Janeiro - Juiz de Fora), em um Volkswagen TL,
após uma tentativa de ultrapassagem forçada, segundo populares.
O acidente e a morte de Evaldo ocorreram no dia 31 de
janeiro de 1973. Viveu apenas 25 anos. Importante ressaltar que, no momento do
acidente, Evaldo Braga não dirigia o carro, mas seu motorista.
Seu túmulo é um dos mais visitados no feriado de
Finados no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.
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