Golda Meir


 

A frase atribuída a Golda Meir, ex-primeira-ministra de Israel, expressa uma visão profundamente enraizada nas percepções de segurança e sobrevivência que caracterizam o conflito entre israelenses e palestinos.

Ao afirmar: "Se os palestinos baixarem as armas, haverá paz. Se os israelenses baixarem as armas, não haverá mais Israel", ela sintetiza uma perspectiva comum entre muitos israelenses sobre a natureza assimétrica do conflito.

A primeira parte da frase sugere que o desarmamento dos palestinos seria um passo decisivo para alcançar a paz, partindo do princípio de que a violência praticada pelos palestinos, especialmente por grupos militantes como o Hamas, é o principal obstáculo à resolução pacífica do conflito.

De acordo com essa lógica, se os palestinos renunciassem à violência, o conflito terminaria e ambos os povos poderiam coexistir pacificamente. A segunda parte da citação, no entanto, é ainda mais reveladora.

Ela reflete o sentimento de vulnerabilidade existencial que muitos israelenses sentem em relação à sobrevivência de seu estado. Para eles, a manutenção de Israel como nação depende da capacidade militar do país de se defender contra ameaças externas e internas.

A frase sugere que, se Israel abdicasse de suas armas, o país seria destruído, implicando que há uma hostilidade constante ao direito de Israel existir, tanto de grupos extremistas quanto de países vizinhos.

Contudo, essa visão é altamente controversa. Os palestinos, assim como muitos apoiadores da causa palestina, argumentam que a questão não se trata apenas de desarmamento ou de segurança, mas de justiça, autodeterminação e fim da ocupação israelense dos territórios palestinos.

Eles veem a ocupação, os assentamentos israelenses e o bloqueio de Gaza como os principais motores do conflito, não a simples questão da presença de armas.

Em resumo, a frase de Golda Meir encapsula uma narrativa que enfatiza a sobrevivência e segurança de Israel como prioritárias e dependentes de um estado de alerta constante.

Ao mesmo tempo, ignora ou minimiza as questões estruturais mais amplas do conflito, como a ocupação, a desigualdade de poder e as aspirações nacionais palestinas.

Para além do desarmamento, muitos acreditam que a paz duradoura exigiria um processo mais complexo, baseado em negociações justas, reconhecimento mútuo e soluções políticas viáveis para ambos os lados.

Enquanto isso, Israel vive na defensiva não só do Hamas (“Palestina”) como também de outros países terroristas na vizinhança.

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