"Se vira!"
Foi exatamente esse o conselho que recebi quando tudo
parecia desmoronar. No início, confesso, soou como uma sentença fria, quase
cruel. Eu esperava um consolo, um gesto de compreensão, mas o que recebi foram
duas palavras secas - um empurrão direto para a realidade.
Com o tempo, porém, percebi que dentro dessas palavras
havia uma força que eu ainda não entendia: a responsabilidade por mim mesmo.
Era o chamado para parar de esperar, de culpar, de adiar, e finalmente tomar as
rédeas da minha própria vida.
Hoje,
cada sonho, cada meta e cada desejo que pulsa no meu peito são o combustível
que me move. Aprendi que nada vem de graça, e que o mundo não entrega milagres -
ele responde a esforço, persistência e fé.
Tudo o que quero, eu vou buscar. Às vezes o caminho é
árduo, cheio de pedras e silêncios. Há dias em que o corpo cansa, a mente dúvida
e o coração pesa. Mas desistir nunca foi uma opção - e
agora eu entendo que isso é o que realmente me define.
Já
enfrentei momentos em que o chão sumiu sob meus pés. Lembro-me de uma manhã em
que, exausto, olhei para o espelho e quase não reconheci quem estava ali.
As contas empilhadas, as portas fechadas, as promessas
vazias - tudo me cercava como uma tempestade sem fim. E foi exatamente nesse
instante, quando o desespero quase me venceu, que aquele “Se vira!”
ecoou de novo, mais alto, mais firme, como um grito interno que me despertou.
Levantei, lavei o rosto e recomecei - do zero, se fosse preciso.
Tropecei
muitas vezes. Caí outras tantas. Mas cada queda me ensinou algo que o conforto
jamais ensinaria. Aprendi a negociar com a vida, a improvisar soluções, a
enxergar oportunidades nas esquinas do improvável.
Descobri que, quando tudo parece perdido, é aí que
nascem as ideias mais criativas e a coragem mais pura. A força não surge quando
tudo está bem - ela nasce quando você não tem outra escolha senão continuar.
Hoje,
pode me ver enfrentando problemas, lutando, suando, chorando em silêncio se for
preciso. Mas jamais vai me ver entregando os pontos. Porque sei que cada passo -
por menor, lento ou incerto que pareça - me aproxima de onde quero chegar.
E se ainda não cheguei, é porque o caminho está me
moldando, me preparando para ser alguém que não só conquista, mas merece
o que deseja. Então, se a vida te jogar um “Se vira!”, não
encare como um castigo. É, na verdade, um convite. Um chamado para descobrir do
que você é feito.
Abrace o desafio. Corra atrás do que é seu. Lute, tropece, aprenda, recomece
quantas vezes for preciso. E, acima de tudo, nunca duvide da sua capacidade
de reconstruir-se, de erguer sua própria história,
tijolo por tijolo, com coragem, suor e determinação.
Porque, no fim das contas, a vida não recompensa quem espera - ela recompensa quem se vira.
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