Criar problemas e depois oferecer soluções
Esse
método, conhecido como “problema-reação-solução”, é uma estratégia em que se
provoca deliberadamente um problema ou uma “situação” planejada para gerar uma
reação específica no público.
O
objetivo é manipular a opinião popular de modo que as pessoas, sem perceber,
passem a exigir as medidas que os responsáveis pelo problema já desejavam
implementar desde o início.
Por
exemplo, pode-se permitir que a violência urbana cresça descontroladamente ou
até mesmo orquestrar atentados violentos e impactantes.
Com
isso, a população, movida pelo medo e pela insegurança, clama por leis de
segurança mais rígidas e políticas que, na prática, restringem liberdades
individuais.
Outro
caso comum é a criação de uma crise econômica artificial, apresentada como
inevitável, para justificar o enfraquecimento de direitos sociais, o corte de
serviços públicos essenciais e a aceitação de reformas impopulares como um “mal
necessário”.
Qualquer
semelhança com a realidade atual do Brasil, marcada por instabilidades
econômicas e debates sobre políticas públicas, dificilmente pode ser
considerada mera coincidência.
Vale
acrescentar que essa tática não é nova e tem raízes históricas. Ela explora a
psicologia humana, especialmente a tendência de buscar soluções rápidas em
momentos de desespero, sem questionar as causas reais ou os interesses por trás
das crises.
Um
exemplo clássico é o uso de eventos traumáticos para consolidar poder, como
guerras ou catástrofes, que abrem caminho para mudanças que, em tempos normais,
enfrentariam forte resistência.
Assim, o “problema-reação-solução” revela-se uma ferramenta poderosa de controle social, muitas vezes invisível aos olhos de quem a sofre.
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