Posição da Igreja Católica hoje sobre a Inquisição


 

A posição da Igreja Católica sobre a Inquisição hoje é amplamente crítica, reconhecendo os erros e abusos cometidos durante esse período da sua história.

A Inquisição, que ocorreu principalmente entre os séculos XIII e XVIII, foi uma série de tribunais eclesiásticos estabelecidos para combater a heresia e manter a ortodoxia religiosa. No entanto, essas ações frequentemente resultaram em perseguições, tortura e execuções, que hoje são vistas como violação dos direitos humanos.

Reconhecimento dos Erros

Em várias ocasiões, a Igreja Católica expressou arrependimento pelos excessos cometidos durante a Inquisição. Um dos momentos mais importantes foi o pedido de perdão feito pelo Papa João Paulo II.

Em 2000, ele pediu desculpas publicamente pelos erros cometidos pelos membros da Igreja ao longo da história, incluindo a Inquisição. Durante uma cerimônia solene no Vaticano, o Papa destacou a necessidade de reconciliação e reflexão sobre os erros do passado, pedindo perdão pelas "diversas formas de violência" cometidas em nome da fé.

Reflexão Histórica e Teológica

Além das desculpas públicas, a Igreja promove uma reflexão teológica e histórica sobre a Inquisição. Em 1998, João Paulo II encomendou uma investigação histórica aprofundada sobre a Inquisição, que resultou na publicação do livro "A Inquisição" pelo Vaticano.

Esse estudo, conduzido por historiadores e teólogos, procurou lançar luz sobre os acontecimentos e distinguir entre os ensinamentos da fé e os erros humanos que levaram aos abusos.

Posição Atual

Atualmente, a Igreja Católica rejeita completamente qualquer forma de coerção religiosa ou violência em nome da fé. O Concílio Vaticano II (1962-1965), particularmente através da declaração Dignitatis Humanae, reforçou a importância da liberdade religiosa, declarando que ninguém deve ser forçado a agir contra sua consciência e que a dignidade humana exige respeito pela liberdade de crença.

A Igreja também tem se engajado no diálogo inter-religioso e ecumênico, buscando a reconciliação e o entendimento mútuo com outras tradições religiosas e com aqueles que foram vítimas da perseguição religiosa no passado.

Em resumo, a posição da Igreja Católica sobre a Inquisição hoje é de arrependimento, reflexão e um compromisso com a liberdade religiosa e os direitos humanos, reconhecendo os erros cometidos e trabalhando para promover uma convivência pacífica entre as religiões e as culturas.

Podemos considerar que esse pedido de desculpa não vale nada para os que foram vitimas de torturas e assassinatos brutais cometidos sem nenhum escrúpulo. Julgados sem direito a defesa e condenados com certeza.

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