Atormentados e Atormentadores


 

A frase "O mundo é o inferno, e os homens dividem-se em almas atormentadas e em diabos atormentadores"(Arthur Schopenhauer) reflete uma visão profundamente pessimista da existência humana e das relações sociais.

Essa frase nos coloca diante de uma perspectiva dualista e trágica da vida, sugerindo que o mundo, em sua totalidade, é comparável ao inferno, um lugar de sofrimento contínuo.

Nessa visão, as pessoas se dividem entre dois grupos: as "almas atormentadas", que são as vítimas do sofrimento, e os "diabos atormentadores", aqueles que causam dor e sofrimento aos outros.

Análise de cada parte:

"O mundo é o inferno": Aqui, o mundo é apresentado como um lugar de sofrimento inevitável. Essa afirmação pode ser interpretada de forma existencial, onde a vida, com suas dores e dificuldades, é vista como um constante estado de angústia.

Isso pode refletir a percepção de que a vida é marcada por desafios, desilusões e injustiças, características muitas vezes atribuídas ao conceito de inferno em diferentes tradições religiosas.

"E os homens dividem-se em almas atormentadas": Essa parte da frase sugere que uma parte significativa da humanidade está condenada a sofrer. As "almas atormentadas" podem ser interpretadas como as pessoas que são vítimas das circunstâncias, das injustiças sociais, emocionais ou físicas.

Elas carregam o peso do sofrimento, seja por causa de suas próprias fraquezas ou por causa das ações de outros.

"E em diabos atormentadores": Já essa porção final da frase descreve outro grupo de pessoas, aqueles que causam sofrimento aos outros, seja por maldade intencional, egoísmo ou pura indiferença. Esses "diabos" seriam os agentes do sofrimento, talvez sem empatia, responsáveis por manter o ciclo de dor.

Reflexões:

A frase nos convida a refletir sobre a natureza das relações humanas e a maneira como o sofrimento é distribuído na sociedade.

Ela pode ser uma crítica às dinâmicas de poder, onde alguns causam sofrimento para manter vantagens ou simplesmente para evitar o próprio tormento.

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