Um final de domingo melancólico
O final de um domingo traz consigo uma sensação única,
quase palpável, de solidão e melancolia. O sol, que aos poucos se despede,
pinta o céu com tons de laranja e púrpura, enquanto a luz suave se esvai, dando
lugar ao crepúsculo.
O silêncio da tarde se intensifica, quebrado apenas
pelo som distante de pássaros que ainda resistem ao fim do dia. As ruas, antes
cheias de vida, começam a ficar desertas.
O vento frio, que anuncia a chegada da noite, sopra gentilmente,
como se quisesse sussurrar segredos esquecidos. Dentro de casa, o ar parece
mais denso, quase imóvel, enquanto os móveis, imóveis e solitários, testemunham
o vazio do ambiente.
O relógio avança lentamente, e cada minuto que passa
parece carregar consigo o peso da semana que está por vir. A mente divaga,
revisitando memórias, promessas não cumpridas, sonhos adiados.
O coração se enche de uma saudade sem nome, de algo
que talvez nunca tenha sido realmente vivido, mas que se faz sentir na quietude
do momento. As luzes da cidade começam a se acender, mas nenhuma delas ilumina
o vazio que cresce por dentro.
O domingo termina, deixando no ar a sensação de que
algo se perdeu no caminho, algo que talvez nunca volte. A solidão, companheira
fiel, se senta ao lado, compartilhando o silêncio e o espaço.
E assim, o domingo se desfaz, como a última brisa de um dia que nunca voltará, levando com ele as cores, os sons e as emoções que só ele pode trazer.
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