Tudo que amei, amei sozinho - Edgar Allan Poe
Não fui, na infância, como os outros e nunca vi
como os outros viam.
Minhas paixões eu não podia tirar das fontes
igual à deles; e era outro o canto, que acordava o coração de
alegria. Tudo o que amei, amei sozinho.
Edgar Allan Poe
A citação "Tudo que
amei, amei sozinho" é um trecho do poema "Alone"
("Sozinho") de Edgar Allan Poe, um dos maiores expoentes da
literatura gótica e sombria.
Este poema foi escrito em
1829, quando Poe tinha cerca de 20 anos, e expressa sua profunda sensação de
isolamento e singularidade em relação ao mundo.
No poema, Poe reflete sobre
sua vida e como desde a infância ele se sentiu diferente das outras pessoas,
incapaz de compartilhar a mesma alegria e amor que os outros aparentavam
sentir.
Ele sugere que, desde cedo,
suas experiências e sua visão do mundo foram moldadas por uma melancolia
profunda e uma escuridão interior, o que o fez se sentir alienado.
A linha "Tudo que amei,
amei sozinho" encapsula esse sentimento de isolamento: mesmo nas coisas
que ele amava, havia uma solidão invisível, como se estivesse sempre à parte,
separada dos outros por uma barreira invisível.
Essa temática de isolamento
e desespero é uma característica central na obra de Poe. Sua escrita
frequentemente explora os aspectos mais obscuros da mente humana, como a
loucura, a tristeza, e a morte.
Em “Alone”, Poe oferece uma
visão pessoal de sua luta interna, revelando como suas experiências individuais
de tristeza e solidão moldaram sua vida e sua arte.
A citação, portanto, ressoa com a essência do trabalho de Poe: a percepção de que ele vivia em um mundo próprio, onde sua busca por amor e compreensão acontecia em um espaço solitário, distante das experiências comuns aos outros.
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