O amor faz do outro sagrado!
Esta menina perdeu a mãe na
guerra. No pátio do orfanato desenhou-a com giz e aconchegou-se num colo que
não existe mais, deixando fora as sandálias para respeitá-la, como manda a
cultura oriental ao se entrar num lugar santo.
O amor, em sua forma mais pura e genuína, transforma a
maneira como enxergamos e tratamos o próximo. Quando amamos verdadeiramente,
transcendemos a visão limitada do outro como simples indivíduo e o elevamos a
um nível de santidade, reconhecendo nele uma imagem sagrada.
O amor faz com que o outro se torne sagrado, pois nos
faz ver além de suas falhas e imperfeições, enxergando sua dignidade
intrínseca. Na teologia cristã, o conceito do amor ágape, o amor incondicional
e sacrificial, reflete esse princípio. Esse tipo de amor não depende das
qualidades ou méritos do outro, mas de uma decisão interna de valorizá-lo como
parte da criação humana.
Quando amamos, conferimos ao outro um valor que não é
apenas humano, mas grandioso. Esse amor nos leva a agir com compaixão, a
perdoar, a compreender, e a oferecer nosso melhor.
Ele nos conecta com o propósito maior da vida, que é
viver em comunhão e harmonia, reconhecendo que cada ser humano é parte da
criação e, por isso, possui uma sacralidade inerente.
O amor torna o outro sagrado porque nos faz enxergar a vida como um dom, e cada pessoa como um reflexo desse dom divino. É uma atitude de reverência e de gratidão pela existência do próximo, que nos transforma e eleva nossa convivência para um nível espiritual mais profundo.
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