A Passividade de uma Nação
Enquanto a sociedade permanecer
passiva, apática e seduzida pelo consumismo desenfreado ou pelo ódio
cuidadosamente direcionado aos mais vulneráveis, as elites dominantes
continuarão a exercer liberdade irrestrita para moldar o mundo conforme seus
próprios interesses.
Sem resistência ou
engajamento coletivo, as consequências de suas decisões recaem sobre todos -
especialmente sobre os mais pobres e marginalizados - e aqueles que
sobreviverem serão deixados para lidar com um futuro marcado por desigualdades
ainda mais profundas, devastação ambiental acelerada e erosão progressiva das
liberdades democráticas.
A indiferença, nesse
contexto, não é apenas uma falha moral ou uma simples omissão: é uma forma de
cumplicidade. É a entrega silenciosa do poder àqueles que o exercem sem escrúpulos,
orientados pelo lucro e pelo controle, e não pelo bem comum.
Trata-se de um tipo de
abdicação coletiva que pavimenta o caminho para regimes autoritários, para
políticas excludentes e para o desmonte dos pilares da justiça social.
Essa reflexão inspirada nas
ideias de Noam Chomsky nos convida a repensar o papel da cidadania ativa na
construção de uma sociedade mais justa e sustentável.
A passividade, muitas vezes
alimentada por distrações constantes - como o entretenimento vazio ou as redes
sociais repletas de desinformação - e por narrativas manipuladas que vilanizam
os marginalizados, transforma-se em um eficaz instrumento de controle social.
Para reverter esse cenário,
é imperativo cultivar uma consciência crítica, promover a solidariedade e
resgatar o valor da ação coletiva. A educação emancipadora, o fortalecimento de
movimentos sociais e a participação política ativa são caminhos para romper com
essa lógica de dominação.
É necessário, sobretudo,
resgatar a empatia, enxergar o outro como parte de um mesmo destino humano e
agir com responsabilidade diante das injustiças que nos cercam.
Somente através do
despertar coletivo e da luta por transformações estruturais será possível
evitar um futuro onde o poder continue concentrado nas mãos de poucos, enquanto
a maioria enfrenta os escombros de um sistema insustentável.
A esperança, neste cenário, não é um sentimento ingênuo, mas um ato de resistência.
Comentários
Postar um comentário